segunda-feira, setembro 11, 2006

Inícios

Um dia você olha para trás e percebe que não sente falta de um "alguém" específico. Não quer resgatar ninguém do seu passado, reviver histórias, reeditar erros. Você sente falta, mesmo, é do tempo de dois.
Aquele tempo em que você ria à toa com a pessoa, que você esperava ela ligar. Em que planejava coisas, imaginava o que viria no final de semana, lia o horóscopo, decorava gostos e preferências. Fazia mimetismo de amor, como diria Vinícius.
E quanto tudo termina e você vasculha os momentos idos, buscando o que guardar, sempre esbarra naqueles primeiros tempos.
Não é arrependimento, ciúme, nostalgia. Nem desejo de voltar atrás: você sabe, não seria a mesma coisa. O momento da estréia não se repete. Quando o sentimento, ainda novato, explode em possibilidades.
Não se deve tornar fugaz o que pode ser eterno. Mas também não se deve tornar eterno o que tem o direito de ser fugaz. A beleza genuína, sólida, está nos inícios.

SMM

1 augúrios:

Blogger Mônica said...

Nossa, Jú! Que lindo!!! Concordo com tudo que vc escreveu. Eita saudade das mensagens no celular... Da ansiedade das sextas-feiras e daqueles nominhos bobos que a gente acaba inventando, decorando e utilizando carinhosamente.
Beijo!

7:38 AM  

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